quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Quando você me quiser


Quando você me quiser
Meu bem,
Seja pura gentileza
Acompanhada com a sutileza
Do universo feminino
Quero uma massagem nos pés,
Um carinho na “batata”... demorado!
Com vontade somente
De me fazer carinho
Venha com tempo pra mim
Com tempo pra me degustar
Vem devagar,
Beija as minhas
Coxas devagar
Com paixão
Com a pretensão
De me desejar
Pra me ver gozar
Eu tenho que sentir o seu desejo
E não o penetrar
Me vire do lado
Eu sou o pecado
Vem beijando meu quadril
e me cheirando... suave,
me fazendo carinho
com seu nariz enquanto
me beija
sobe até o pescoço vem..
me cheira...me cheira...
fique perto
bem perto da minha boca
mas, não me beije
não ainda,
passe seus lábios
nos meus, devagar
docemente
enquanto eu fico
com água na boca
a essa altura
eu...fico úmida
você me beija entre
os seios agora
sim, entre eles,
desliza sua boca até o meu umbigo
e beija tudo de novo
até o queixo
me beijando
e me cheirando
enfim... sem fim
eu, você, colchão
pele, boca, mão
seios, pés, coração
homem, mulher tesão.

VEM


Quando eu te disse, vem

Chegue sem pressa,

Chegue sem pressa...

Sem...pressa...depressa

Mas chegue!..

E vá ficando aí, sempre comigo

Pertinho, como amigo

Sorriso, comigo...umbigo

Abrigo!

e... se deleite, em mim

me deseje como se deseja

gozar... a vida bendita

que sou no seu olhar.

Agora...vá!

Para traz não há estrada

E logo mais há madrugada

E um morno sol que é só teu

Que vai beijar seu rosto

E abraçar teu corpo

De um jeito que é só meu

PRAZER EU SOU LUÍSA




 

PRAZER EU SOU LUÍSA

Respiro consciência, poesia e arte

Girando sempre na roda da vida

Minha pele nunca sentiu a igualdade

 

Atravessei sete fronteiras

As que jah me permitiu

A libertação não tem barreiras

O casulo já se abriu

 

Sou guerreira, sou capoeira valente

Sou movimento, sou LIBERTAI

Com pés no chão e olhar pra frente

Até escorrego, mas, não ando pra trás

 

Me contempla o imaterial

O dinheiro não passa de prisão

Ainda mais se duvidas de um irmão

Em nome de três e meio tostão

 

 

Minha historia de vida é visceral

Cada passo que andei pé ante pé

Pari o amor transcendental

SOU PAI, SOU MÃE, SOU FÉ

 

Fui criada no exemplo

Trabalhar é crescer mais

Honrando sempre a minha vida

E as palavras dos meus pais

 

Se você acha que crê na palavra

Observe os irmãos mais de perto

Amizades verdadeiras são dádivas

Não seja um saco de vacilo bem aberto

 

Sou os tambores do candomblé

Respeito tudo o que me traz paz

Compartilho da palavra com axé

Não me julgue nunca mais

LIBERTAI, LIBERTAI, LIBERTAI

Depois que a consciência chega

Nunca se dá um passo pra traz

20.10.2013

Meu ser


Meu ser é livre

Intocável

Um animal ébrio

Não pode ser domado

O que amo da vida

Mais e mais

É viver

E mais ainda

Como a vida completa meu ser

Meu livre ser que ama viver

E o resto...ah...o resto

 
É fantasia

Que perfura a nossa realidade

E no mais...ah... no mais

Tudo é felicidade

As doses de tristezas

Colocamos nós

por gosto ou desgosto

e acaso... o acaso só nos contempla

alimenta

e o meu animal ébrio

é um ser latente, envolvente e ilário

e é tão intocável

quanto indomável.

23:56


É um pouso leve no mar

Esse sorriso menino

Maroto, sutil e depois escancara

E assim, só assim

Me deixa molhada

Sutilmente, suavemente

Úmida  e tão úmida

Quanto quente

Agora é hora

Ele vem por dentro

 das minhas coxas

e me devora

ai... eu adoro !

e quando chego

no ponto  que quase gozo,

ele para, me sente

beija meu umbigo

e sobe...

até o infinito dos meus lábios

eu quase morro nesse afago

as horas param subtamente

gozamos nesse olhar

penetrando não somente

o corpo mas, a alma.

30/09/2013

23:56h


PALAVRA


AMOR É UMA PALAVRA
SOMENTE
UM VERBO SEM EGO.
EU GOSTO DOS VERBOS QUE ACOMPANHAM O AMOR,
GOSTAR, SENTIR,
CHEIRAR, FICAR, DIRECIONAR...
E MAR TALVEZ SEJA UM VERBO
 INCONSEQUENTE DO INFINITIVO GOSTAR.

ALERTA DE VENDA !!

A NOBREZA DE TAL CIDADE
ENFATIZO A MOCIDADE
RODAM, RODAM PRA COMPRAR
SMARTFONE, MEGA FONE, E TELEFONE CELULAR
BRAVA GENTE QUE ME ESCUTE
SÃO MENTALMENTE INSALUBRES
SÃO FRANCAMENTE PERTURBADOS
TROCAM UM PROBLEMA BRASILEIRO
POR UM PROBLEMA IMPORTADO
TROCAM O CABELO VERMELHO...
PELO CABELO DOURADO
TROCAM OS BONS SUJEITOS
POR OUTROS ATRAPALHADOS
SÃO OS DONOS DO DIREITO?
META A MÃO NESSE VESPEIRO
TROCAM PERSONALIDADES
POR UM TANTO DE DINHEIRO
FIQUE ESPERTA MOCIDADE
O CONSUMISMO É SUA TORTURA
ATÉ O CORPO FICA NA TERRA
NÃO LEVARÃO NEM AS CARAS DURAS
MALFADADAS CRIATURAS
NOS SEUS EGOS SUBMERSOS
A HUMANIDADE É O QUE CURA
E EU LHES DEIXO TAL VERSO

PUTA POESIA

Então é desse jeito moço?
Eu sou a flor mais bela do seu jardim...
E eu me derreto toda né, moço?
Aí você vem assim devagarzinho, querendo me possuir
Se deleita em minhas tetas
Se enamora em meus quadris
Se perde na minha pele
E depois de todo labirinto que é o meu corpo percorrido
Você me quer...
Só pra você ?...
Por que ?
Meu corpo é livre
Minha mente é livre
Meu ser é livre
É, eu sei como te assusta
Até diz pra si:_ é uma puta !
E puta deve ser mesmo uma palavra bem dita
Já que todo mundo usa
Botou uma roupa curta
É uma filha da puta
Saiu sozinha,
quer homem... é puta
se beija uma mulher
é promiscua e puta
mas, mas, mas...
deixe de achismo
acha bom o seu machismo?
Retire seu pré conceito
Eu penso com a mente
E não com os peitos
Se eu quiser beijar, eu beijo
Se eu não quiser, eu deixo
Não me tenha com usura
Eu quero é carinho e valor
Respeito e consideração
Eu sou leoa
Caço meu pão
Sim, sou puta no seu discurso
Mas possuo uma puta decência
E pra você ter essa conquista
Só mesmo com uma PUTA INTELIGÊNCIA.

Herança


Numa urna bem profunda

Guardei todo meu lamento

Meu ritual, meu berimbau

Meu animal, meu sofrimento

Me vesti de mar

Me calcei com o rio

Era de serpente o meu oya

Eu era a chuva e o estio

Mas foi um vento de destino frio

Que mexeu por dentro do meu desafio

Aí, eu soltei meus dreads

Aí fui dançar meu reggae

Aí.... a urna se abriu!

Quanto mais saia coisas

Menos ficava vazio

Saiam caboclos, preto velhos, bravuras

E surpreendentes negras criaturas

Luiz Gama, Maria Felipa

Luisa Mahin, Cosme de farias

Elisa Lucinda, Nelson Rufino,

Distintos poetas da urna saltaram

Belíssimos músicos se apresentaram

Toda uma festa de populaça

Todos os sambas nas calçadas

Toda uma festa de toda negrada

Adentrando madrugadas,

Madrugadas seculares

Seculares e descalças,

E descalçando madrugadas

Cada passo foi um caminho

Marcadas a ferro branco

Na solidão do caminho

Eu quase morria de banzo

Mataram de tudo na raiz

Morriam cabelos, etnias, artes

E liberdades e vaidades

E o tempo passou ingrato

E cada erê renascia sedento

Pois se escutavam a cada lamento

A urna, era o Destino de Fel

Como tudo o que brilha carrossel

E na gira do bem

O na gira do mal

Minha pele bem preta

E minha alma imortal

segunda-feira, 15 de julho de 2013

VIERNES



ENTRE ESTRELAS DE INVERNOS 
ENTRE CHUVAS NUM CÉU CINZENTO E LIMPO
DOIS OLHOS PARALELOS
UM BEIJO SERENO, DEVAGAR E TIMIDO....


TAL QUAL



Essa tal de imaginação é uma coisa vital
sem ele não se vive igual
compatibilizando tudo
realizando os sonhos do mundo
essa tal de imaginação esta onipresente
enlouquecendo tudo que é solido
revirando tudo que é avesso
questionando tudo que é obvio
abençoando todo o obsceno
revigorando todo cansaço
transformando acho em fato
transformando deus em virtude
até que um dia a vida mude.....


Luz Marques 


Nostalgia

Tem sempre um bêbado, num botequim de madrugada,
Tem sempre dois olhos olhos, a espera da pessoa amada
Tem sempre uma barriga, esperando, uma ou duas vidas,
Tem sempre dois ouvidos, a espera de um bom som
Tem sempre uma coisa, a espera de outro coisa
Tem sempre uma mentira, a espera da verdade
tem sempre uma manhã, a espera de uma tarde
Tem sempre uma folha, a espera de uma frase
tem sempre um violão, revelando inspiração
e sempre um sim, a espera de um não
e sempre o ar a espera de um pulmão
respiração
distração
revelação
o sim
o não
o vão


Luz Marques



quinta-feira, 4 de julho de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

Inventário



Deixo minhas mãos calejadas
para quem trabalha de sol a sol,
Nos cristais ou nas enxadas
em santórios ou nas estradas,

Deixo minhas pernas fortes 
para quem quer encontrar seu caminho,
Para quem não as tem e sofrem
e para aqueles que não conhecem a sorte,

Deixo minha voz cansada
para aqueles que querem gritar,
Para aqueles que nem sempre falam
e para aqueles que escutam, porém nunca se calam,

Deixo o meu olhar modesto e sincero
para os cegos que vivem nos castelos,
Para aqueles que choram o mundo belo
e outros, que apesar de não terem olhos 
vêem mais que um olhar singelo]

Deixo os meus ouvidos saturados
para os que querem ouvir os canários
Para aqueles que apenas ouvem o "errado"
e para aquele que apesar de agora surdos
já ouviram no passado]

Deixo por último, porém, a alma
par todos corações que de tanto amedrontá-la
tiveram pés e mãos trancadas,
perderam a voz! por tantas vezes gritada,
que de tanto chorar! Secaram as lágrimas
e de tanto ouvir! já nãos escutam mais nada,
e também para aqueles que já não têm mágoas,
pois aproveitam a vida.... pela alegria da
CALMA.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

Corpos



Estão catatônicos 
Os corpos estão nus.
As almas estão vestidas de pudores e amarradas.
Ninguém sabe o segredo de ninguém.
Ninguém desconhece o horror ou a sorte.
Ninguém reconhece a vida...
Eu, rio, sorrio!...
Somente o rio é o alívio que perdura.
E como uma panaceia da alma, cura,
a fúria, a matéria, a lança
e na dança louca da luxuria 
o rio, penetrando no cio
preenchendo o vazio 
e nos tecendo esperança

Luz Marques 
14/05/2013

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A chuva de maria


Caía uma chuva empírica
dentro dela chovia igual,
No centro de tudo a lírica
a cativa memória como um ritual
era chuva de todas as cores
chovia suas dores
seus temores
seus credores
seus senhores
seus cantores
Chovia suas lembranças
suas temperanças
suas vinganças
suas lambanças
suas crianças e as
suas danças
Chovia todas as amizades
as tempestades
as de verdade
as lealdades
as maldades
as saudades
e por fim chovia TEMPO
chovia alento
chovia vento, e o vento chovia
na noite quente de Maria
chovia, chovia, chovia...

Luz Marques
15.05.2013

domingo, 12 de maio de 2013

Canção da poda



Ele não regalaria as rosas
tamanha era a sua indignação
Como poderia deixá-las mortas?..
tal loucura não lhe cabia a razão

Ele preferia plantar as flores
e apreciar o florescer
cada flor - o botão a nascer
em cada gesto, botões de amores

Ele cultivava amores e flores
Ela a espera de um buquê
mas, matar rosas prova o que ?
Ela não compreendia suas dores

Ele pensou no gesto egoísta
E ela, não entendia a demora,
a noite, ela atirou a torta de amora
 Ele, nem chegou a atravessar a pista

O dia de amor virou agonia
Ela, triste mudou de amores
queria apenas receber as flores
Ele, sozinho, sorria... plantando todas as rosas que podia !

Luz Marques
2º domingo de maio
de 2013



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Uma viagem

Um dia a viajar
com a alma em alto mar
Um mar revolto - e um po morto
venho uma reflexão destilar
tal qual um aventureiro
seguindo as velas - os ventos
chegou por meio do pensar
que a matéria perecerá
não é fácil - nem me abstenho
outros morreram pra clarear
e iluminam focadamente a seiva
do pensar]
Bonito é quem entende bem
que o corpo é uma capa
e uma casa é o espelho d´alma
organizadamente bagunçada
o que está fora de dentro vem,
e o que está dentro de profundamente dentro, vem também.
Abençoado... o que planta sentimentos
e puramente os solta - no vento
para que perpetuem no infinito
quando voltam - triplicadamente lindos
A colheita de quem semeia amor
já para los que sembran dolor
podem fugir de um momento
mas, nunca da verdade
Ai, dos que semeiam vento,
Ai, dos que colhem tempestades
ah! viver... viver para a vida,
não viva para morrer !
A morte é parte da vida
O corpo é parte do perecer
N´alma não há feridas
a consciência é o renascer
os olhos são as lentes - registros
que fotografam a vida
para o álbum do infinito,
imortalizando o plantio
imortalizando a colheita
e os tesouros - nada tem a ver com ouros
ouros - são tolos - ridículos
quem olha pra dentro vê,
quem olha por fora - a merce
de um parecer tristemente vazio
os olhos d´alma são um rio,
os olhos do corpo a cegueira,
a beira,
do abismo frio,
no ócio,
o extravio
da beleza.

Luz Marques
01/2013

La tarde

Por la tarde es que llueve
A la tarde pienso, reflejo
Es tarde para el tiempo perdido
Y para la tarde que llueve y llueve

La tarde del mundo que se mueve
es tiempo de caminar tranquilo
y que el destino gire preciso
para la tarde que llueve y llueve

La tarde apacible se mueve
con el tiempo que llueve el infinito
del destino que grita:_ es bonito !
para la tarde que gira y llueve

la lluvia solamente no mueve
El destino que es remolino
y el tiempo que pasa desparcito
es el destino de lluvias del tiempo que corre.

Luz Marques
02/2013

30 Mil pés

Com a paciência e a perseverança de quem dá os primeiros passos, caminhe pra frente, parar sei que não podes, caminhe, a fé te comove e te move pra frente, pra sempre, o destino conduz absolutamente tudo, o tempo, o vento, o penso, o tento... E nada é tão rápido, como nada é tão lento - A contento...   de JAH.
Perfeição é descobrir a beleza e a eficácia do imperfeito, se olhar no outro, intimamente, apontando sempre pra indulgência e pra o aprendizado. Tem que aprender mais do que "dar-se conta", perceber é o principio...... aprender é o detalhe principal.
Viver!! Vivê-la !! cada passo um espetáculo, mais antes de tudo SENTIR, cada coisa no seu lugar, o céu, a terra, o mar, o amar, o chorar e o cantar, o despertar e o caducar, o desesperar e o acalmar.
OLHE-SE 30 mil pés de cima de si próprio e AME-SE em cada detalhe curvilíneo.

Luz Marques
03/2013

Roda de literatura

Roda a roda de literatura
como roda a literatura....
como roda a literatura!
como giram as criaturas

E a cabeça vai girando
acompanhando as voltas do mundo,
pode parecer um absurdo,
como roda a filosofia...

É um sentimento tão profundo
que descomplica muitos mundos
com a arte do pensar
 vai e vem pra congregar

Num momento imortal
roda a literatura visceral,
vence a representatividade teatral
e sucumbe no oco do seu mundo,

Depois renasce nas cinzas
como a ave fenix menina
que roda tentando encontrar
a literatura e o filosofar

e se tudo roda nessa vida
roda a criança repentina
que ao rodar viaja na literatura,
que visita demônios e anjos de luxuria
sem ver o tempo passar...

gira no passado a sonhar
gira no futuro a pensar
gira tudo a girar
até que te faça sonhar

literatura é se encontrar
e no mundo seguir a girar
pra depois se reencontrar
por que a literatura mais bela
é aquela que se estica um pouco mais
além das letras, além do além,
o que se LÊ permanece,
não é inerte,
não se esquece
e como o mundo gira
gira a alma menina
de quem lê, a reconhece e a merece.

Luz Marques
(28.07.2012)

domingo, 5 de maio de 2013

Meu rio

Eu não caibo em mim. não digo por ego, mais pela poesia que ma traz a consciência de estar existindo.
Eu não caibo mais em  mim, e as dúvidas me completam, escrever é um pouco mais que amar é um pouco mais que querer.
São redondas reflexões.
 Como sei que são redondas?
Vão e voltam as mesmas questões, e no minuto que pareço resolver-las não posso crer-las. Suspiro!.
Nunca descobri nada sobre mim, só descobrir o que ouso supor, e tenho suposta tanto, mais tanto que meu simples passou a ser composto como numa oração.
Eu não caibo em mim e corro pra você, pra ver no reflexo dos seus olhos um pouco da minha alam nos braços da sua calma.
Eu não caibo mais em mim, sou poesia viva, antiga e branda, pura, impura velha criança, e sei que te cobiço.
Sinto teu desejo pelo cheiro que impregna tu cuello.
Choro não, rio, rios de emoções caem em ti, do teu ombro imenso para o meu rio e rio. Com a boca na sua boca cio.
Eu não caibo em teu desejo e beijo.

Luz Marques

#pensandoemmeuamor

Saudade

"Pura poesia impura versando o meu amar, tecendo o meu querer, me faz te elevar, ó doce canto audaz, da terra dos sabiás, minha rede chamada saudade me embala de felicidade !!!

Vadiagem



toca tambor de guerreiro vadio

que os ventos sopram pra o mar

dançam as pretas a vadiar

na roda da vida a sambar

baila girante como os orixás

sente o terrero a sujar

seus negros pés a brincar

com a dança da vida cantando

o canto dos escravos libertos

que a noite que chega em versos

te acolha em seu peito nú

nação nagô, jeje e bantú

se levanta pra te ver sambar

vem preta dançando o amor

que essa noite somente chegou

pra te ver cantar

Escenário

La calle es un escenario
cantante, danzante, doloroso
callado.
Rostros pálidos y manchados,
maquillaje, viajes, con colores
Parados
movimientos repetitivos robóticos
televisión, radio, cuarto de
caótico.
Guerra Fría en la cuna y alma
calma, personas, bichos, el cobre,
La vida tiene en el fin la muerte,
fuerte, cruda, visceral
Yo soy la viva representación ....
corto, sangro y muero como
un animal ......


Luz Marques






BOCA DE BANANA



SE A LÍNGUA INFELIZ FOR OFENSIVA,
AFIADA, CORTARÁ A PRÓRPIA BOCA
BOCA-A-BOCA FOFOCANDO, DIABA LOUCA!
BEM SE NOTA O CIÚME INFERNAL
VICERAL, A ZOMBADA LINGUA DOENTE
INFERNIZA E HUMILHA A TORPER MENTE,
QUE NÃO ANDA NEM SE QUER
UM PASSO A FRENTE
POIS DE TODA BABOSEIRA SE SACIA,
QUE EMUDEÇA A VIL BOCA VAZIA,
E QUE ENTOE ENTÃO A POESIA
QUE É PRA VER SE A CABRA PATETA
FINALMENTE APRENDE A SER POETA !!

LUZ MARQUES
#MENTEQUEDIZ

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Nas entrelinhas dos detalhes

Nada é relevante nessa vida,


nenhum detalhe escapa da sua vera importância.
Se é saudade o que o corpo sente,
é amor o que a alma quer.
Se é tristeza que na cabeça pesa,
é a angustia que a alma carrega.
Se é o sorriso que a boca atrapa,
é a felicidade que a alma abraça.
...e cada detalhe é essencial,
o que é bom é bom,
o que é mal é mel,
é mel o viver,
e é fel o sofrer,
é véu o querer,
Eu...amo...você?
É nos detalhe que enrubreço,
e também desapareço,
não tem preço
o apreço
todo mal é gostoso,
todo bem é jeitoso,
todo certo é meio louco
detalhadamente ouço,
vem...me amar...faz bem ?
que pecado !!!
e logo ardo...
é árduo o gozo de viver,
mais nada é melhor que sofrer...de amor ?
Só o real é visceral,
o resto é material, e pronto.
dito isto,
junte tudo, depois separe,
entendeu a entrelinha do detalhe ?
Vixe!...
Se não viu, SE ARRISQUE !
Luz Marques

#inspiradosemmeninamulher

quarta-feira, 1 de maio de 2013

IMPERFEITAMENTE PERFEITO ?




 
"A alma feliz ou triste dança"

Certa de que serei sempre imperfeita,  recitarei versos imperfeitos, para imperfeitas pessoas, de cabeças imperfeitas e almas pouco inteligentes, assim como eu.... e recitarei a ausência do que sou, e a apresenta do que nunca serei, imperfeita nascerei, imperfeita viverei e imperfeita morrerei
só poderia expulsar dos meus dedos
longos e indecisos
duvidas..
e minha cabeça trilhará caminhos tortos, e sem propósitos
Porém eu me iludirei de que tudo é fato, imutável, para seguir acreditando que a minha preguiça de viver é normal, que a minha falta de vontade de crescer é uma coisa perfeitamente bela,  serei normal assim?
 Certa de que serei sempre uma alma grande presa num corpo pequeno, viverei com medo de morrer, mesmo sabendo que a morte é a libertação das minhas dores, dos meus medos e das minhas angustias, mais me angustiarei com a morte por que me convém,
 Me convém mirar os que  me miram e não se importam comigo, mais me importarei  com o que essas cabeças não-pensantes  me disserem,
 Serei estúpida a tal ponto de me vestir, como todos se vestem, serei robótica a tal ponto que assistirei os mesmos capítulos que todos fazem, e serei religiosamente dogmática para passar desapercebida minha duvidas referente a deus
Esconderei segredos que todos escondem para parecer única, mesmo sabendo que nunca serei, nasci de um sonho, ou da falta dele, mais vingarei, por que o corpo é duro e seguirei inabalavelmente escrava, indubitavelmente serei um produto do meio até um dia em que eu possa pensar por mim mesma....aah.....
Pensar por mim mesma? Como poderia pensar por mim mesma depois de passar toda a minha vida sendo influenciada, pelos monstros do lado de fora de mim ?
Monstros que me dopam, me oprimem e me reduzem sempre a aquilo que eu não sou? Sou obrigada a ser vasura, obrigada a ser o resto de tudo, e serei feliz? Quem sabe um dia a felicidade bata a minha porta me mostrando os sonho.... e talvez eu me espante com tanta utopia, e enlouqueça sedenta dessa realidade torpe e imunda,
Estrañarei soldados que marcham com a cabeça de papel, e lutam pelo ideal do massacre, maquinas de fazer papeis ? o que vocês estão fazendo agora? Cuspindo em nossas caras pequenas? Somos tanto quanto todos... iguais na vida, iguais na morte, e iguais no meio também porra !!! somos o resto de tudo e criamos resto, por que vivemos deles....
utopia dos céus, levantai-vos e olhai sobre nós ....
temos fé....cega;
realidade...cega;
amor...cego;
e viveremos mudos falantes, e catalépticos, e eu que já não recebo mais cafuné dos meus pais, me amparo nos braços da solidão amiga, companheira insensível assim como eu.... cruel ? realismo? Mentira? Loucura? Mais... o que tentamos definir? Que cargas d´agua  faço eu do que  não sou ? indubitavelmente preguiçosa, mente que não funciona....
abro meus olhos, e não acordo....... sonho, o que vem depois da cama, é !!? será!!? Ou foi!!?
A realidade é o que eu acredito,
As vezes acredito que sou triste, ou feliz, ou falsa, ou verdadeira, ou mãe, ou filha, mais quando me olho REALMENTE vejo o quanto não sou NADA, um profundo e incompreensível NADA, e essa “realidade”  talvez nem exista.
(Luz Marques)
10/08/2012

Como vai ?


Eu ? me encontro  aqui cativa de mim, sempre embalada pelo meu infinito, ilimitando os meus avessos  e expandindo os meus extremo, escrava fiel dos meus versos, as vezes rimo, as vezes cismo, mais sempre aprendendo.... não dou muita bola para os erros, é que... o que conta são os acertos, procuro ouvir os vates e ignorar os olhares medonhos.
De dia apenas sonho, a noite os realizo, deslizo nas minhas dores, mais sem dar muita atenção, o passo principal da dor é o alivio..... e quanto as noticias..... interessam a quem as escuta...no meu caso, eu sou a noticia poética da vida, senhora da imperfeição, amante do pecado, sem limitar-me  a nenhuma religião, abraço o mundo, na religião que é deus, já que ele esta em tudo onipresente mente, da boca mando um salve... da alma, mando abraços transcendentais, aguardando uma visita  as vezes, uma visita imperfeita , imperfeita como somos, de sonhos que  ABRUPTAMENTE VIVO, INOFENSIVAMENTE RAROS, INDESCRITIVELMENTE ESTRANHOS.... meu eu no meu afago, teu eu no meu mundo inteiro.... beijos !
Luz Marques

#àClariceSantiago


REFLEXÕES LIGEIRAS



MEU NU ABRAÇANDO A VIDA, DESPIDA DE ERROS E ACERTOS E CONCEITOS, ESCRAVA DO QUE SOU E DO QUE CREIO... AVISO QUE CISMO COM TUDO QUE É COMUM, QUANDO GOZO É QUANDO É RARO...  ACREDITO NO QUE DESFAÇO, EU POETICAMENTE GRITO O QUE ESTÁ EM MIM, NÃO CREIO EM GOSTOS OU DESGOSTOS, CADA POESIA É O QUE CADA POETA SENTIU, SE DESPIU, PROFERIU E DESABAFOU... NÃO, NÃO SE PODE DESABAFAR PRA ALGUÉM, DESABAFE PRA SI MESMO COMO TE PERMITE A POESIA, QUANDO SE É ALGUÉM, PAGA-SE UM PREÇO.... QUALQUER UM QUE SEJA, PAGA SEU PREÇO... SE EU SOU EU, SE VOCÊ É VOCÊ, SE O GATO É UM GATO, OU SE FOR UM CACHORRO OU LAGARTO, CADA UM PAGOU SEU PREÇO, E CHEGOU AONDE QUER QUE TENHA CHEGADO, ILUMINADO E ILUMINANDO, COM DORES, AMORES, CREDORES, E MUITOS MAIS SENTIMENTOS SINGELOS, OU NÃO.... É MUITO BOM SER QUEM SE É, É MUITO BOM, EU GRITO:_ ATIREM TODAS AS PEDRAS NO MEU PEITO !! EU AGUENTO E ASSUMO, EU NÃO SUMO, NÃO... ME ACEITO, E ACEITO O QUANTO POSSO MUDAR E O QUANTO NÃO MUDAREI EM ABSOLUTO .. NAS MINHAS CONVICÇÕES, E QUE CADA UM PENSA DIFERENTE, EU ACREDITO NO QUE VEJO, E COMO VEJO, QUANDO VEJO, E NEM PRECISO DE OLHOS PRA VER O QUE VEJO....T EM QUE TER PEITO PRA TER RESPEITO, RESPIRE CONSCIÊNCIA TRANQUILA, E VIVA !!!  VIVA!! A QUEM SE MOSTRA COMO SE É, VERDADEIRAMENTE !!  VIVA !! A QUEM TRIPUDIA A ALMA DOS SENSÍVEIS  POR QUE... EM VERDADE LHES INDAGO EM LINHA RETA... TEM PECADOS QUEM ATIROU A PRIMEIRA PEDRA ?...........................REFLITA E  VIVA !!