quarta-feira, 8 de maio de 2013

Uma viagem

Um dia a viajar
com a alma em alto mar
Um mar revolto - e um po morto
venho uma reflexão destilar
tal qual um aventureiro
seguindo as velas - os ventos
chegou por meio do pensar
que a matéria perecerá
não é fácil - nem me abstenho
outros morreram pra clarear
e iluminam focadamente a seiva
do pensar]
Bonito é quem entende bem
que o corpo é uma capa
e uma casa é o espelho d´alma
organizadamente bagunçada
o que está fora de dentro vem,
e o que está dentro de profundamente dentro, vem também.
Abençoado... o que planta sentimentos
e puramente os solta - no vento
para que perpetuem no infinito
quando voltam - triplicadamente lindos
A colheita de quem semeia amor
já para los que sembran dolor
podem fugir de um momento
mas, nunca da verdade
Ai, dos que semeiam vento,
Ai, dos que colhem tempestades
ah! viver... viver para a vida,
não viva para morrer !
A morte é parte da vida
O corpo é parte do perecer
N´alma não há feridas
a consciência é o renascer
os olhos são as lentes - registros
que fotografam a vida
para o álbum do infinito,
imortalizando o plantio
imortalizando a colheita
e os tesouros - nada tem a ver com ouros
ouros - são tolos - ridículos
quem olha pra dentro vê,
quem olha por fora - a merce
de um parecer tristemente vazio
os olhos d´alma são um rio,
os olhos do corpo a cegueira,
a beira,
do abismo frio,
no ócio,
o extravio
da beleza.

Luz Marques
01/2013

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