quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Quando você me quiser


Quando você me quiser
Meu bem,
Seja pura gentileza
Acompanhada com a sutileza
Do universo feminino
Quero uma massagem nos pés,
Um carinho na “batata”... demorado!
Com vontade somente
De me fazer carinho
Venha com tempo pra mim
Com tempo pra me degustar
Vem devagar,
Beija as minhas
Coxas devagar
Com paixão
Com a pretensão
De me desejar
Pra me ver gozar
Eu tenho que sentir o seu desejo
E não o penetrar
Me vire do lado
Eu sou o pecado
Vem beijando meu quadril
e me cheirando... suave,
me fazendo carinho
com seu nariz enquanto
me beija
sobe até o pescoço vem..
me cheira...me cheira...
fique perto
bem perto da minha boca
mas, não me beije
não ainda,
passe seus lábios
nos meus, devagar
docemente
enquanto eu fico
com água na boca
a essa altura
eu...fico úmida
você me beija entre
os seios agora
sim, entre eles,
desliza sua boca até o meu umbigo
e beija tudo de novo
até o queixo
me beijando
e me cheirando
enfim... sem fim
eu, você, colchão
pele, boca, mão
seios, pés, coração
homem, mulher tesão.

VEM


Quando eu te disse, vem

Chegue sem pressa,

Chegue sem pressa...

Sem...pressa...depressa

Mas chegue!..

E vá ficando aí, sempre comigo

Pertinho, como amigo

Sorriso, comigo...umbigo

Abrigo!

e... se deleite, em mim

me deseje como se deseja

gozar... a vida bendita

que sou no seu olhar.

Agora...vá!

Para traz não há estrada

E logo mais há madrugada

E um morno sol que é só teu

Que vai beijar seu rosto

E abraçar teu corpo

De um jeito que é só meu

PRAZER EU SOU LUÍSA




 

PRAZER EU SOU LUÍSA

Respiro consciência, poesia e arte

Girando sempre na roda da vida

Minha pele nunca sentiu a igualdade

 

Atravessei sete fronteiras

As que jah me permitiu

A libertação não tem barreiras

O casulo já se abriu

 

Sou guerreira, sou capoeira valente

Sou movimento, sou LIBERTAI

Com pés no chão e olhar pra frente

Até escorrego, mas, não ando pra trás

 

Me contempla o imaterial

O dinheiro não passa de prisão

Ainda mais se duvidas de um irmão

Em nome de três e meio tostão

 

 

Minha historia de vida é visceral

Cada passo que andei pé ante pé

Pari o amor transcendental

SOU PAI, SOU MÃE, SOU FÉ

 

Fui criada no exemplo

Trabalhar é crescer mais

Honrando sempre a minha vida

E as palavras dos meus pais

 

Se você acha que crê na palavra

Observe os irmãos mais de perto

Amizades verdadeiras são dádivas

Não seja um saco de vacilo bem aberto

 

Sou os tambores do candomblé

Respeito tudo o que me traz paz

Compartilho da palavra com axé

Não me julgue nunca mais

LIBERTAI, LIBERTAI, LIBERTAI

Depois que a consciência chega

Nunca se dá um passo pra traz

20.10.2013

Meu ser


Meu ser é livre

Intocável

Um animal ébrio

Não pode ser domado

O que amo da vida

Mais e mais

É viver

E mais ainda

Como a vida completa meu ser

Meu livre ser que ama viver

E o resto...ah...o resto

 
É fantasia

Que perfura a nossa realidade

E no mais...ah... no mais

Tudo é felicidade

As doses de tristezas

Colocamos nós

por gosto ou desgosto

e acaso... o acaso só nos contempla

alimenta

e o meu animal ébrio

é um ser latente, envolvente e ilário

e é tão intocável

quanto indomável.

23:56


É um pouso leve no mar

Esse sorriso menino

Maroto, sutil e depois escancara

E assim, só assim

Me deixa molhada

Sutilmente, suavemente

Úmida  e tão úmida

Quanto quente

Agora é hora

Ele vem por dentro

 das minhas coxas

e me devora

ai... eu adoro !

e quando chego

no ponto  que quase gozo,

ele para, me sente

beija meu umbigo

e sobe...

até o infinito dos meus lábios

eu quase morro nesse afago

as horas param subtamente

gozamos nesse olhar

penetrando não somente

o corpo mas, a alma.

30/09/2013

23:56h


PALAVRA


AMOR É UMA PALAVRA
SOMENTE
UM VERBO SEM EGO.
EU GOSTO DOS VERBOS QUE ACOMPANHAM O AMOR,
GOSTAR, SENTIR,
CHEIRAR, FICAR, DIRECIONAR...
E MAR TALVEZ SEJA UM VERBO
 INCONSEQUENTE DO INFINITIVO GOSTAR.

ALERTA DE VENDA !!

A NOBREZA DE TAL CIDADE
ENFATIZO A MOCIDADE
RODAM, RODAM PRA COMPRAR
SMARTFONE, MEGA FONE, E TELEFONE CELULAR
BRAVA GENTE QUE ME ESCUTE
SÃO MENTALMENTE INSALUBRES
SÃO FRANCAMENTE PERTURBADOS
TROCAM UM PROBLEMA BRASILEIRO
POR UM PROBLEMA IMPORTADO
TROCAM O CABELO VERMELHO...
PELO CABELO DOURADO
TROCAM OS BONS SUJEITOS
POR OUTROS ATRAPALHADOS
SÃO OS DONOS DO DIREITO?
META A MÃO NESSE VESPEIRO
TROCAM PERSONALIDADES
POR UM TANTO DE DINHEIRO
FIQUE ESPERTA MOCIDADE
O CONSUMISMO É SUA TORTURA
ATÉ O CORPO FICA NA TERRA
NÃO LEVARÃO NEM AS CARAS DURAS
MALFADADAS CRIATURAS
NOS SEUS EGOS SUBMERSOS
A HUMANIDADE É O QUE CURA
E EU LHES DEIXO TAL VERSO

PUTA POESIA

Então é desse jeito moço?
Eu sou a flor mais bela do seu jardim...
E eu me derreto toda né, moço?
Aí você vem assim devagarzinho, querendo me possuir
Se deleita em minhas tetas
Se enamora em meus quadris
Se perde na minha pele
E depois de todo labirinto que é o meu corpo percorrido
Você me quer...
Só pra você ?...
Por que ?
Meu corpo é livre
Minha mente é livre
Meu ser é livre
É, eu sei como te assusta
Até diz pra si:_ é uma puta !
E puta deve ser mesmo uma palavra bem dita
Já que todo mundo usa
Botou uma roupa curta
É uma filha da puta
Saiu sozinha,
quer homem... é puta
se beija uma mulher
é promiscua e puta
mas, mas, mas...
deixe de achismo
acha bom o seu machismo?
Retire seu pré conceito
Eu penso com a mente
E não com os peitos
Se eu quiser beijar, eu beijo
Se eu não quiser, eu deixo
Não me tenha com usura
Eu quero é carinho e valor
Respeito e consideração
Eu sou leoa
Caço meu pão
Sim, sou puta no seu discurso
Mas possuo uma puta decência
E pra você ter essa conquista
Só mesmo com uma PUTA INTELIGÊNCIA.

Herança


Numa urna bem profunda

Guardei todo meu lamento

Meu ritual, meu berimbau

Meu animal, meu sofrimento

Me vesti de mar

Me calcei com o rio

Era de serpente o meu oya

Eu era a chuva e o estio

Mas foi um vento de destino frio

Que mexeu por dentro do meu desafio

Aí, eu soltei meus dreads

Aí fui dançar meu reggae

Aí.... a urna se abriu!

Quanto mais saia coisas

Menos ficava vazio

Saiam caboclos, preto velhos, bravuras

E surpreendentes negras criaturas

Luiz Gama, Maria Felipa

Luisa Mahin, Cosme de farias

Elisa Lucinda, Nelson Rufino,

Distintos poetas da urna saltaram

Belíssimos músicos se apresentaram

Toda uma festa de populaça

Todos os sambas nas calçadas

Toda uma festa de toda negrada

Adentrando madrugadas,

Madrugadas seculares

Seculares e descalças,

E descalçando madrugadas

Cada passo foi um caminho

Marcadas a ferro branco

Na solidão do caminho

Eu quase morria de banzo

Mataram de tudo na raiz

Morriam cabelos, etnias, artes

E liberdades e vaidades

E o tempo passou ingrato

E cada erê renascia sedento

Pois se escutavam a cada lamento

A urna, era o Destino de Fel

Como tudo o que brilha carrossel

E na gira do bem

O na gira do mal

Minha pele bem preta

E minha alma imortal