domingo, 12 de maio de 2013
Canção da poda
Ele não regalaria as rosas
tamanha era a sua indignação
Como poderia deixá-las mortas?..
tal loucura não lhe cabia a razão
Ele preferia plantar as flores
e apreciar o florescer
cada flor - o botão a nascer
em cada gesto, botões de amores
Ele cultivava amores e flores
Ela a espera de um buquê
mas, matar rosas prova o que ?
Ela não compreendia suas dores
Ele pensou no gesto egoísta
E ela, não entendia a demora,
a noite, ela atirou a torta de amora
Ele, nem chegou a atravessar a pista
O dia de amor virou agonia
Ela, triste mudou de amores
queria apenas receber as flores
Ele, sozinho, sorria... plantando todas as rosas que podia !
Luz Marques
2º domingo de maio
de 2013
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