quarta-feira, 30 de julho de 2014

DO QUE FICOU DA POESIA



Fica do meu mundo "subverso"
somente o fel confesso
daquilo que já chamei de poesia
fica desse mundo a aprendizado de como funciona a hipocrisia
e de sair de tudo aquilo que não vou seguir
de tudo aquilo que não faz parte de mim...
E do que no meu mundo é poesia,
ficam meus versos,
fica o meu amor submisso,
fica a minha gratidão infinita,
fica toda mudança na minha vida,
mas vai a esperança de que haja amor,
entre os irmãos,
que a poesia morre ao ser a poesia a moeda de tostão
e passa a ser a arte um corrimão
eu não,
Desapego-me da obrigação de viver de arte,
a arte vive comigo, é parte de mim,
é o que sou,
a poesia é o que grita em mim e ela grita o que sou,
nos completamos,
fui testemunha de máscaras caindo,
e fui testemunha da poesia em êxtase...
mas deixo aqui o meu ultimo adeus
à tudo que fere, humilha, corrói e destrói
não necessito holofotes, eterismos, falsidades
não necessito microfones, achismos, ansiedades
não necessito de vanglórias, sorrisos, maldades
reverencio verdades, honras, honestidades
e isso foi sepultado,
junto com a minha admiração,
aqui deixo em palavras tudo o que aprendi
e que dinheiro é só uma arma,
que mata o que a arte dissemina
e somente o que é genuíno acalenta e acalma
pra quem entende que o dinheiro não cura,
só mata as almas
e pro tapete de demagogia, haja paciência
pelos "dez réis" trocas a poesia,
mas comes das consequências.

Luz Marques